sábado, 30 de novembro de 2013

284 - Alexandre O´Neil - Aos Vindouros, se os Houver

284

Aos Vindouros, se os Houver...Vós, que trabalhais só duas horas 
a ver trabalhar a cibernética, 
que não deixais o átomo a desoras 
na gandaia, pois tendes uma ética; 

que do amor sabeis o ponto e a vírgula 
e vos engalfinhais livres de medo, 
sem peçários, calendários, Pílula, 
jaculatórias fora, tarde ou cedo; 

computai, computai a nossa falha 
sem perfurar demais vossa memória, 
que nós fomos pràqui uma gentalha 
a fazer passamanes com a história; 

que nós fomos (fatal necessidade!) 
quadrúmanos da vossa humanidade. 

Alexandre O'Neill, in 'Poemas com Endereço'

283 - Revolução e Exilio - Sophia de Mello Breyner Andresen


283

Exílio

Quando a pátria que temos não a temos
Perdida por silêncio e por renúncia
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades


            Sophia de Mello Breyner Andresen

RevoluçãoComo casa limpa 
Como chão varrido 
Como porta aberta 

Como puro início 
Como tempo novo 
Sem mancha nem vício 

Como a voz do mar 
Interior de um povo 

Como página em branco 
Onde o poema emerge 

Como arquitectura 
Do homem que ergue 
Sua habitação Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"







282 - FOGO DE ARTIFÍCIO

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FOTOS WEB


281 - TOMBE LA NEIGE

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A GAROTA DA NEVE

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

277 - CASAMENTO + BAILARINA

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276 - DALAI LAMA

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275 - CASA DE PEDRA EM "FAFE"

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CASA DE PEDRA EM "FAFE"

274 - FOTOS WEB

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FOTOS WEB

273 - PAUL VERLAINE - A ANGÚSTIA

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A AngústiaNada em ti me comove, Natureza, nem 
Faustos das madrugadas, nem campos fecundos, 
Nem pastorais do Sul, com o seu eco tão rubro, 
A solene dolência dos poentes, além. 

Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções, 
Da poesia, dos templos e das espirais 
Lançadas para o céu vazio plas catedrais. 
Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons. 

Não creio em Deus, abjuro e renego qualquer 
Pensamento, e nem posso ouvir sequer falar 
Dessa velha ironia a que chamam Amor. 

Já farta de existir, com medo de morrer, 
Como um brigue perdido entre as ondas do mar, 
A minha alma persegue um naufrágio maior. 

Paul Verlaine, in "Melancolia" 
Tradução de Fernando Pinto do Amaral

domingo, 3 de novembro de 2013

262 - BPN- QUEM TE DEVE DINHEIRO? DESCOBRE QUEM FOI AO

262

BPN- QUEM TE DEVE DINHEIRO? DESCOBRE

 QUEM FOI AO 



261 - EFEMÉRIDES "SPUTNIK II E A CADELA LAIKA"

261
EFEMÉRIDES
 Sputnik II e a cadela Laika

A 3 de Novembro de 1957, às 22 horas e 28 minutos, a União Soviética lança para o espaço o satélite Sputnik II, tendo a bordo a cadela Laika. Sabia-se que este canino não poderia voltar à terra, pois o satélite não possuía mecanismos de retorno. Várias versões foram apresentadas sobre a forma como este mediático animal teria morrido. Apenas em 2002, se soube a cruel verdade: após 4 a 5 horas de vôo, a Laika faleceu com calor, sofrendo atrozmente com desidratação e convulsões. Em homenagem a este simpático animal, sacrificado em prol da ciência, milhares de cadelas em todo o mundo foram baptizadas com o seu nome.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

260 - FERNANDO PESSOA


260

"Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa."Fonte: - Livro do DesassossegoFERNANDO PESSOA