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«ALI ONDE SEM NOME...»
Ali onde sem nome a pátria escura
me repete onde nasce a primavera,
ao silêncio do dia que não espera
eu dou a voz sùbitamente pura.
Horror que foge sempre e que perdura,
muro imortal amando a própria hera,
assim eu oiço o anjo além da fera,
suave luz queimando a noite dura.
Surge um fogo sem espanto, negro e alvo.
Dissolve-se a montanha. Totalmernte.
Alguém que me seguia já está salvo.
E fico só. E canto. E sigo em frente.
Ao fim da minha voz encontro o alvo
onde os deuses a ferem mortalmente.
ALBERTO DE LACERDA
«ALI ONDE SEM NOME...»
Ali onde sem nome a pátria escura
me repete onde nasce a primavera,
ao silêncio do dia que não espera
eu dou a voz sùbitamente pura.
Horror que foge sempre e que perdura,
muro imortal amando a própria hera,
assim eu oiço o anjo além da fera,
suave luz queimando a noite dura.
Surge um fogo sem espanto, negro e alvo.
Dissolve-se a montanha. Totalmernte.
Alguém que me seguia já está salvo.
E fico só. E canto. E sigo em frente.
Ao fim da minha voz encontro o alvo
onde os deuses a ferem mortalmente.
ALBERTO DE LACERDA
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