477
«IGLOTO DEO»
Que beleza mortal se te assemelha.
Ó sonhada visâo desta alma ardente.
Que reflectes em mim teu brilho ingente,
Lá como sobre o mar o sol se espelha?
O mundo é grande -- e esta ânsia me aconcelha
A buscar-te na Terra: e eu, pobre crente,
Pelo mundo procuro um Deus clemente,
Mas a ara só lhe encontro... nua e velha...
Não é mortal o que eu em ti adoro.
Que és tu aqui? olhar de piedade,
Gota de mel em taça de venenos...
Pura essência das lágrimas que choro
E sonho dos meus sonhos! se és verdade,
Descobre-te, visão, no Céu ao menos!
ANTERO DE QUENTAL
«IGLOTO DEO»
Que beleza mortal se te assemelha.
Ó sonhada visâo desta alma ardente.
Que reflectes em mim teu brilho ingente,
Lá como sobre o mar o sol se espelha?
O mundo é grande -- e esta ânsia me aconcelha
A buscar-te na Terra: e eu, pobre crente,
Pelo mundo procuro um Deus clemente,
Mas a ara só lhe encontro... nua e velha...
Não é mortal o que eu em ti adoro.
Que és tu aqui? olhar de piedade,
Gota de mel em taça de venenos...
Pura essência das lágrimas que choro
E sonho dos meus sonhos! se és verdade,
Descobre-te, visão, no Céu ao menos!
ANTERO DE QUENTAL
Sem comentários:
Enviar um comentário