sexta-feira, 29 de agosto de 2014

524 - «PRAIA DA ANGRINHA» LAGOA-ALGARVE

524


Mais Portugal

Compartilhada publicamente  -  11:09
Bom dia a todos.
Praia da Angrinha  - Lagoa - Distrito de Faro

A Praia da Angrinha situa-se em pleno estuário do Rio Arade, aos pés de Ferragudo, concelho de Lagoa.

O principal acesso ao areal está alinhado com a abertura dos grandes molhes do Arade, avistando-se junto ao molhe Poente, já na marina de Portimão, uma profusão de mastros e triângulos brancos. O areal é amplo, enquadrado por uma linha de arribas muito desgastadas e corroídas pelos elementos. As paredes rochosas fazem-se revestir por muita vegetação, sobretudo plantas adaptadas à salsugem como a barrilha e a salgadeira, ou plantas típicas das dunas, como o trevo-de-creta, que colonizam as pequenas cavidades rochosas onde se acumula areia.

A norte do Forte de São João do Arade, que em conjunto com a Fortaleza de Santa Catarina, na outra margem do rio, garantia a defesa do estuário, onde surge o areal da Angrinha, cuja configuração muda ao sabor da foz da ribeira que ali desagua. Esta é uma pequena praia que possui uma povoação de tradição piscatória, que se debruça em varandas brancas sobre a margem nascente do Rio Arade.



523 - «ALDEIA DE XISTO ( como se chama ...?)

523

Mais Portugal

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Você Conhece?

Aldeia de xisto situada no Distrito de Coimbra.
Próximo a uma Praia Fluvial.
Próximo a um Castelo Medieval.
Praticamente abandonada.
Hoje, muitas das suas casas já foram reabilitadas para habitação própria ou para Turismo de Habitação.
Altitude 500 metros.

Foto de Sueli e Cidônio
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522 - «Chuva, chuva, chuvinha» - Linda de Suza

522

LINDA DE SUZA
Chuva, chuva, chuvinha
Vem do céu até a terra
Chuva, chuva, chuvinha
Vem cair na nossa serra (bis)

No meu país há tanto sol
Crianças brincam na rua
Sonhandos as vezes
Com um bola
Tão redonda como a lua
Enquanto vivem na ilusão
Vão cantando esta canção

Chuva, chuva, chuvinha
Vem do céu até a terra
Chuva, chuva, chuvinha
Vem cair na nossa serra (bis)

No meu país há tanto sol
Que a terra seca com dureza
E o camponês que não tem água
Quer mudar a natureza
Nas colheitas pelo Verão
Ele canta esta canção

Chuva, chuva, chuvinha 
Vem do céu até a terra
Chuva, chuva, chuvinha
Vem cair na nossa serra (bis)

No meu país, se chover demais
Toda a gente fica triste
As crianças sem brincar
E a colheita não resiste
E a Deus numa oração
Cantam a mesma canção

Pára, pára, chuvinha
Fica no céu deixa a terra
Pára, Pára, chuvinha
Não caias na nossa serra

Pára, pára, chuvinha
Fica no céu, fica lá
Pára, Pára, chuvinha

{Sifflé}

Fica no céu, fica lá

Pára, pára, chuvinha
Fica no céu, fica lá (x4)

Pára, pára, chuvinha 
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

521 - «OS JOVENS» NUNO DE SAMPAIO

521

OS JOVENS

Oh, cantemos as antigas colheitas de açafrão
E qualquer êxtase suave, rosa de eterno instante

Oh, evoquemos nos nichos vasios dos tempos
A música de luz polindo a brancura das estátuas.

Relampejar de tesouras sobre frontes submissas,
Jovens trilhando a primavera, e a roda girando

NUNO DE SAMPAIO

terça-feira, 26 de agosto de 2014

520 «PRAIA DOS GALÁPOS» SETÚBAL PORTUGAL

520


Portugal+

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Praia de Galápos [Serra da Arrábida] - Setúbal (Portugal).

A Serra da Arrábida são terrenos acidentados com fortes níveis situados na margem norte do estuário do Rio Sado, na Península de Setúbal, Portugal, com o ponto mais alto a 501 metros de altitude e características peculiares de clima e flora. O seu clima é temperado mediterrânico, apresentando uma flora rica em espécies mediterrânicas, tais como a azinheira, sobreiro, carvalho.
O topónimo Arrábida tem origem desconhecida. Há quem pense que vem do castelhano Rábida, através do árabe al-ribat, e defenda que «arrábita» é uma palavra de origem árabe que significa grosso modo «local de oração», ligando-se semanticamente ao verbo "vigiar" em árabe . Outra hipótese para a origem deste topónimo bem como de outros na região tais como Évora, Sado e Sesimbra é terem origem nos povos proto e pré-históricos do sul de Portugal tais como os cónios e relacionados com a cultura megalitica ou em línguas semíticas
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

519 «CONHEÇO AS PARTES ALTAS» - NUNO DE SAMPAIO

519

«CONHEÇO AS PARTES ALTAS...»

Conheço as partes altas da minha alma
Onde o silêncio chove das horas pálidas,
O meu jardim morre, o Teu jardim começa,
A tua eternidade flutua como uma bandeira
E as Tuas aves têm espaço para voos sem orlas.
Nesta fronteira as brisas desfolham as florestas
E ouve-se o rumor do grande país longíncuo.

                         (A Orla e o Tempo)

NUNO DE SAMPAIO

sábado, 23 de agosto de 2014

516 - «QUANTOS NAVIOS» ANTÓNIO REIS

516

6«QUANTOS NAVIOS..»

Quantos navios
vejo eu passar
estendido nos bancos dos sombrasjardins

É feriado 

Jogam as crianças correndo 
atrás das

sombras
de pássaros

O sol
bate na água
nas folhas
e nos meus olhos

seduzidos

E eu adormeço
deixando
que os navios
passem
lentos

sobre mim

ANTÓNIO REIS

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

515 - IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARDAL A PARTIR DO CASTELO DE POMBAL

515

ÁRVORE DUPLA DE CASORZO
(Amendoira e cerejeira)
(Casorzo - Itália: trata-se de uma cerejeira que cresceu em cima de uma amendoeira)


Você realmente sabia?

Compartilhada publicamente  -  Ontem à(s) 21:35

A árvore dupla de Casorzohttp://goo.gl/fkBz8N Localmente conhecida como 'Bialbero di Casorzo', esta estranheza natural consiste de uma árvore de cereja que cresceu em cima de uma amoreira. #compartilhe 



IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARDAL
A PARTIR DO CASTELO POMBAL




quarta-feira, 20 de agosto de 2014

514 «MORTE - DEATH» W. B. YEATS

514

DEATH

Nor dread nor hope attend
A dying animal;
A man awaits his end
Dreading and hoping all;
Many times he died,
Many times rose again.
A great man in his pride
Confronting murderous men
Casts derision upon
Supersession of breath;
He  knows death to the bone --
Man has created death.

W.  B.  YEATS

MORTE

Nem temor nem esperança assistem
Ao animal agonizante;
O  homem que seu fim aguarda
Tudo teme e espera;
Muitas vezes morreu
Muitas vezes de novo se ergueu.
Um grande homem em sua altivez.
Ao enfrentar assassinos
Com desdém julga
A falta de alento;
Ele conhece a morte até ao fundo --
O homem criou a sua morte.

W.  B.  YEATS

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

512 - «UM ADEUS PORTUGUÊS» - ALEXANDRE O´NEILL

512

UM ADEUS PORTUGUÊS

Nos teus olhos altamente perigosos
vigora ainda o mais rigoroso amor
a luz de ombros puros e a sombra
duma angústia já purificada

Não tu não podias ficar presa comigo
à roda em que apodreço
apodsreçemos
a esta pata ensanguentada que vacila
quase medita
e avança mujindo pelo túnel
de uma velha dor

Não podes ficar nesta cadeira
onde passo o dia burocrático
o dia-a-dia da miséria
que sobe aos olhos vem às mãos
aos sorrisos
ao amor mal soletrado
à estupidez ao desespero sem boca
ao medo perfilado
à alegria sonânbula à vírgula maníaca
do modo funcionário de viver

Não podias ficar nesta cama comigo
em trânsito mortal até ao dia sórdido
canino
policial
até ao dia que não vem da promessa
puríssima da madrugada
mas da miséria de uma noite gerada
por um dia igual

Não podias ficar presa comigo
à pequena dor que cada um de nós
traz docemente pela mão
a esta pequena dor à portuguesa
tão mansa quase vegetal

Não tu não mereces esta cidade não mereces
esta roda de náusea em que giramos
até à idiotia
esta pequena morte
e o seu minucioso e porco ritual
esta nossa razão absurda de ser

Não tu és da cidade aventureira
da cidade onde o amor encontra as suas ruas
e o cemitério ardente
da sua morte
tu és da cidade onde vives por um fio
de puro acaso
onde morres ou vives  não de asfixia
mas às mãos de uma aventura de um comércio puro
sem a moeda falsa do bem e o mal.

                             *

Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço na ternura
por ti.

ALEXANDRE O´NEILL



sábado, 16 de agosto de 2014

510 - «UMA CAPA» «A COAT» - W. B. YEATS

510

A COAT-UMA CAPA

Uma capa fiz de meu canto
I made my song a coat
Debaixo acima
Covered whith embroideries
Bordada 
Out of old mythologies
De antigas mitologias;
From heel to throat
Tomaram-na os tolos
But the fools caught it.
Para exibíba ao mundo
Wore it in the world´s eyes
Como se por eles lavrada.
As though they´d wrought it
Deixa, canto, que a tomem,
Song, let them take it
Pois maior feito existe
For there´s more enterprise
Em andar nu.
In walkind naked.



W.  B.  YEATS

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

509 - «JANELA MANUELINA» CONVENTO DE CRISTO EM TOMAR

509


Portugal+

Compartilhada publicamente  -  Ontem à(s) 21:53
Janela do Capítulo [Convento de Cristo] - Tomar (Portugal).

Imponente conjunto escultórico e arquitectónico, a Janela da Sala do Capítulo, inserida na fachada ocidental da igreja manuelina, foi executada por Diogo de Arruda, entre 1510 e 1513, segundo o programa iconológico definido pelo rei D. Manuel I.
Símbolo de um período histórico que marca a expansão dos Portugueses para além das suas fronteiras, afirma-se hoje em dia como um dos mais excelsos exemplos da arte manuelina.

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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

508 - «PRAIA DE LAGOS» PORTUGAL

508
PRAIA DE  "DONA ANA" LAGOS - PORTUGAL

507 - «DE RAÍZES E RAMOS » ROBERT DUNCAN

507

- DE RAÍZES E RAMOS -

Só existe o tempo único.
Só existe o deus único.
Só existe a promessa única.

e da sua chama
e das margens da página todos se incendeiam.
Só existe a página única.

o resto fica
em cinzas. Só existem
o continente único, o mar único --

entrando pelas fendas , batendo, rebentando,
correndo de lado a lado.

ROBERT DUNCAN

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

506 - «TEMPLO DE DIANA EM ÉVORA»

506

Portugal+

Compartilhada publicamente  -  Ontem à(s) 22:28
 
Templo Romano de Évora (de Diana), Évora – Alentejo (Portugal).

O templo romano de Évora está localizado na cidade de Évora, em Portugal; faz parte do centro histórico da cidade, o qual foi classificado como Património Mundial pela UNESCO. O templo romano encontra-se classificado como Monumento Nacional pelo IGESPAR. É um dos mais famosos marcos da cidade, e um símbolo da presença romana em território português.
Localizado na freguesia da Sé e São Pedro, no Largo Conde de Vila Flor, encontra-se rodeado pela Sé de Évora, pelo Tribunal da Inquisição, pela Igreja e Convento dos Lóios, pela Biblioteca Pública de Évora e pelo Museu.
Embora o templo romano de Évora seja frequentemente chamado de Templo de Diana, sabe-se que a associação com a deusa romana da caça originou-se de uma lenda criada no século XVII.1 Na realidade, o templo provavelmente foi construído em homenagem ao imperador Augusto, que era venerado como um deus durante e após seu reinado. O templo foi construído no século I d.C. na praça principal (fórum) de Évora - então chamada de Liberatias Iulia - e modificado nos séculos II e III. Évora foi invadida pelos povos germânicos no século V, e foi nesta época em que o templo foi destruído; hoje em dia, suas ruínas são os únicos vestígios do fórum romano na cidade.
As ruínas do templo foram incorporadas a uma torre do Castelo de Évora durante a Idade Média. A sua base, colunas e arquitraves continuaram incrustadas nas paredes do prédio medieval, e o templo (transformado em torre) foi usado como um açougue do século XIV até 1836. Esta utilização da estrutura do templo ajudou a preservar seus restos de uma maior destruição. Finalmente, depois de 1871, as adições medievais foram removidas, e o trabalho de restauração foi coordenado pelo arquiteto italiano Giuseppe Cinatti.
O templo original provavelmente era similar à Maison Carrée de Nîmes (França). O templo de Évora ainda está com sua base completa (o pódio), feito de blocos de granito de formato tanto regular como irregular. O formato da base é retangular, e mede 15m x 25m x 3.5m de altura. O lado sul da base costumava ter uma escadaria, agora em ruínas.
O pórtico do templo, que não existe mais, era originalmente um hexastilo. Um total de catorze colunas de granito ainda estão de pé no lado norte (traseiro) da base; muitas das colunas ainda têm seus capitéis em estilo coríntio sustentando a arquitrave. Os capitéis e as bases das colunas são feitos de mármore branco de Estremoz, enquanto as colunas e a arquitrave são feitas de granito. Escavações recentes indicam que o templo era cercado por um espelho de água.
[Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre].

Foto by Joe Daniel Price.
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domingo, 10 de agosto de 2014

504 - «O LUGAR DA CASA» - EUGÉNIO DE ANDRADE

504

O lugar da casa 

Uma casa que fosse um areal
deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.

Eugénio de Andrade, O Sal da Língua

503 «ALGUMAS PERGUNTAS A UM »HOMEM BOM» BERTOLT BRECHT


503

ALGUMAS PERGUNTAS A UM «HOMEM BOM»

Bom, mas para que?
Sim, não és venal, mas o raio
Que sobre acasa cai também
Não é venal.
Nunca renegas o que disseste.
Mads que disseste?
És de boa fé, dás a tua opinião.
Que opinião?

Tens coragem.
Contra quem?
És cheio de sabedoria.
Para quem?
Não olhas aos teus interesses.
Aos de quem olhas?
És um bom amigo
Se-lo-ás do bom povo?

Escuta pois: nós sabemos
Que és nosso inimigo. Por isso vamos
Encostar-te ao paredão. Mas em consideração
Dos teus méritos e das tuas boas qualidades
Escolhemos um bom paredão e vamos fusilar-te com
Boas balas atiradas por bons fuzis e enterrar-te com
Uma boa pá debaixo da terra boa.


BERTOLT  BRECHT

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

501 - «ALBERTINA OU INSECTO-INSULTO» ALEXANDRE O´NEILL

501

«ALBERTINA» OU «O INSECTO-INSULTO» 
      OU O QUOTIDIANO RECEBIDO
                  COMO MOSCA»

O poeta está só, completamente só.
Do nariz vai tirando alguns minutos
De abstracção, alguns minutos
Do nariz para o chão
Ou colados sob o tampo da mesa
Onde o poeta é todo cotovelos
E espera um minuto que seja de beleza.

Mas o poeta é aos novelos;
Mas o poeta já não tem a certeza
De segurar a musa, aquela
Que tantas vezes arrastou pelos cabelos...

A mosca Albertina, que ele domesticava,
Vem agora ao papel, como um insecto-insulto,
Mas fingindo que o poeta a esperava...

Quase mulher e muito mosca,
Albertina quer o poeta para si,
Quer sem versos o poeta.
Por isso fica, mosca-mulher, por ali...

-- Albertina!, deixa-me em paz, consente
Que eu fale neste papel tão branco e insolente
Onde belo e ausente um verso eu sei que está!

-- Albertina!, eu quero um verso que não há!...
                               *
Conjugal, provocante, moreno e azulado,
O insecto levanta, revoluteia, desce
E, em lugar do verso que não aparece,
No papel se demora como um insulto alado.

E o poeta sai de chofre, por uns tempos desalmado...

ALEXANDRE  O´NEILL
.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

500 - « SOU LIVRE ESTOU NAS MÃOS DE DEUS»

500

499 - ALTO DOURO VINHATEIRO

499

ALTO DOURO VINHATEIRO


498 - «QUANDO FORES VELHA» - W. B. YEATS

498

WHEN YOU ARE OLD

When you are old and grey and full of sleep,
And noddind by the fire, take down this book,
And slowly read, and dream of the  soft look
Your eyes had once, and of their shadows depp;

How many loved your moments of glad grace,
And loved your beauty with love  false or true,
But one man loved the pilgrim soul  in you,
And loved the sorrows of your changing face;

And bending down  beside the  glowing bars,
Murmur, a little sadly, how Love fled
And paced upon the mountains overhead
And hid his face amid a crowd stars.

W.  B.  YEATS

QUANDO FORES VELHA

Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
Dormitando junto à lareira, toma este livro,
Lê-o devagar, o sonha com o doce olhar
Que outrora tiveram teus olhos, e suas sombras profundas;

Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,
Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;

Inclinada sobre o ferro incandescente,
Murmura, com alguma tristeza, como o amor te abandonou
E em largos passos galgou as montanhas
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas


W.  B.  YEATS



segunda-feira, 4 de agosto de 2014

497 - «A ILHA DO LAGO DE INNISFREE» W. B. YEATS

497

A ILHA DO LAGO DE INNISFREE

Partirei para Innisfree,
E aí uma cabana edificarei, uma cabana de argila e canas:
Plantarei nove renques de feijão e haverá uma colmeia,
E solitário entre o rumor das abelas viverei.

Alguma paz desfrutarei, porque como lenta gota é a paz,
Desprendendo-se dos véus da manhã até ao lugar onde
                                                             [o grilo canta;
Eis aí a meia-noite de esplendor, o meio-dia de
                                                             [fulgurante púrpura,
E uma plenitude de asas cantantes o entardecer.

Ergo-me e vou, parto com a noite, parto com o dia,
Oiço as águas do lago, o seu mermúrio junto à costa;
Seja pelos caminhos, seja pelas sombrias ruas,
Oiço esse murmúrio no mais fundo do coração.

W. B. YEATS


sábado, 2 de agosto de 2014

496 - «O HOMEM E O TOURO»


496
96Durante uma tourada, o toureiro sentiu-se mal. Teve tonturas e precisou de se sentar. Antes que alguém interferisse, o touro - que tinha sido agredido pelo próprio toureiro ao longo desse "espectáculo" (que tanto entretém gente fraca de cultura e com falta de humanidade) - apiedou-se do homem, parou diante dele e, para surpresa geral, ficou simplesmente a olhar para ele.

O touro, como que sentindo o sofrimento do toureiro, foi solidário e ficou ao lado dele, sem recorrer a qualquer tipo de violência. Observem que o touro já tinha recebido diversas farpas no torso.

Resta a questão: afinal de contas, quem é o animal?
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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

495 - «É PESADO, O QUE É QUE PENDAS?»

495

FOTOS WEB

 
Existem dois objetivos na vida: o primeiro, o de obter o que desejamos; o segundo, o de desfrutá-lo. Apenas os homens mais sábios realizam o segundo.
L. Smith

É PESADO, O QUE É QUE  PENSAS !!!...