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A FLOR SEM NOME
As rosas reuniram outra vez
uma ordem de fogo rumorosa.
E o povo bebeu
aquela rosa
E vai crescendo em círculos,
em onda, a
pura embriaguez
daquela flor redonda.
Vai crescendo por dentro
-- vermelha, música, apertada.
E faz doer os ossos.
Vem irada
como lua de sangue
que sobe na garganta
e se agarra aos soluços e à prudência,
mas já canta.
E, sobretudo, queima.
Sobretudo, coloca
um vendaval de pedras
em cada boca.
E arde.
Arde e consome
aquela flor maldita
que ainda não tem nome.
FERNANDO ECHEVARRIA
A FLOR SEM NOME
As rosas reuniram outra vez
uma ordem de fogo rumorosa.
E o povo bebeu
aquela rosa
E vai crescendo em círculos,
em onda, a
pura embriaguez
daquela flor redonda.
Vai crescendo por dentro
-- vermelha, música, apertada.
E faz doer os ossos.
Vem irada
como lua de sangue
que sobe na garganta
e se agarra aos soluços e à prudência,
mas já canta.
E, sobretudo, queima.
Sobretudo, coloca
um vendaval de pedras
em cada boca.
E arde.
Arde e consome
aquela flor maldita
que ainda não tem nome.
FERNANDO ECHEVARRIA
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