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A M.C..
Põs-te Deus sofre a fronte a mão piedosa:
O que fada o poeta e o soldado
Volveu a ti o olhar, de amor velado,
E disse-te: «Vai, filha, sê formosa!»
E tu, descendo da onda harmoniosa,
Pousaste neste solo angustiado,
Estrela envolta num clarão sagrado,
Do teu límpido olhar na luz radiosa...
Mas eu.... posso eu acaso merecer-te?
Deu-te o Senhor, mulher! o que é vedado,
Anjo! deu-te o Senhor um mundo à parte.
E a mim, a quem deu olhos para ver-te,
Sem poder mais...a mim o que me há dado?
Voz, que me cante, e uma alma para amar-te!
ANTERO DE QUENTAL
A M.C..
Põs-te Deus sofre a fronte a mão piedosa:
O que fada o poeta e o soldado
Volveu a ti o olhar, de amor velado,
E disse-te: «Vai, filha, sê formosa!»
E tu, descendo da onda harmoniosa,
Pousaste neste solo angustiado,
Estrela envolta num clarão sagrado,
Do teu límpido olhar na luz radiosa...
Mas eu.... posso eu acaso merecer-te?
Deu-te o Senhor, mulher! o que é vedado,
Anjo! deu-te o Senhor um mundo à parte.
E a mim, a quem deu olhos para ver-te,
Sem poder mais...a mim o que me há dado?
Voz, que me cante, e uma alma para amar-te!
ANTERO DE QUENTAL
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