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«O QUE EU TE DIRIA...»
O que eu te diria tem o nome dos instantes suspensos
como há depois da música, nas flores,
e no começo da noite...
O que eu te diria só podias ouví-lo com a últina nudez;
minhas palavras têm a claridade dos corpos que se dão
sem pertencerem.
O que te diria tem-te esperado muito.
Por isso te sabe de cor e te perco tanto;
e dos longos diálogos que é não chegares
vais morrendo, excessiva, de ti mesma.
Se nalgum lugar do destino nos encontrarmos
olharás em mim o teu rosto com olhos brancos,
como se olhasses tua morte mais pura.
(Horizonte dos Dias)
VÍTOR MATOS E SÁ
«O QUE EU TE DIRIA...»
O que eu te diria tem o nome dos instantes suspensos
como há depois da música, nas flores,
e no começo da noite...
O que eu te diria só podias ouví-lo com a últina nudez;
minhas palavras têm a claridade dos corpos que se dão
sem pertencerem.
O que te diria tem-te esperado muito.
Por isso te sabe de cor e te perco tanto;
e dos longos diálogos que é não chegares
vais morrendo, excessiva, de ti mesma.
Se nalgum lugar do destino nos encontrarmos
olharás em mim o teu rosto com olhos brancos,
como se olhasses tua morte mais pura.
(Horizonte dos Dias)
VÍTOR MATOS E SÁ
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