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CREPÚSCULO
Uma Pátria de angústia
No lento anoitecer
Coroa o dia álgido
No verão de ardentes sóis.
Vão morrer os heróis.
A voz crepuscular
Dos campos e das ondas
Agoniza comigo.
E promete e promete
Imensas alquimias
Em braços de outros dias.
Em bocas de outro mae.
Os deuses vão voltar.
Há quanto tempo eu estou
Marcada a fogo e ferro,
Na paz do meu desterro,
Na morte sem enterro.
Oiço-te, Mãe, na bruma
Tangendo às nossas filhas
Um instrumento de espuma
Forrado de sumaúma...
E ele, o meu ser de gelo,
O meu senhor de frio
Amarra-me o cabelo
Aos flancos do navio.
(A Segunda Imagem)
Natércia Freire
CREPÚSCULO
Uma Pátria de angústia
No lento anoitecer
Coroa o dia álgido
No verão de ardentes sóis.
Vão morrer os heróis.
A voz crepuscular
Dos campos e das ondas
Agoniza comigo.
E promete e promete
Imensas alquimias
Em braços de outros dias.
Em bocas de outro mae.
Os deuses vão voltar.
Há quanto tempo eu estou
Marcada a fogo e ferro,
Na paz do meu desterro,
Na morte sem enterro.
Oiço-te, Mãe, na bruma
Tangendo às nossas filhas
Um instrumento de espuma
Forrado de sumaúma...
E ele, o meu ser de gelo,
O meu senhor de frio
Amarra-me o cabelo
Aos flancos do navio.
(A Segunda Imagem)
Natércia Freire
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