domingo, 16 de março de 2014

393 - POEMA DO LIVRE ARBÍTRIO - ANTÓNIO GEDEÃO

393

Poema do livre arbítrio

Há uma fatalidade, intrínsica, insofismável,
inerente a todas as coisas e nelas incrustada.
Uma fatalidade que não se pode ludribriar,
nem, peitar, nem desvirtuar,
nem entreter, nem comover,
nem iludir, nem impedir,
uma falalidade fatalmente fatal,
uma fatalidade que só poderia deixar de o ser,
para ser fatalidade de uma outra maneira qualquer,

Eu sei que posso escolher entre o bem e o mal.
Eu sei que posso fatalmente entre o bem e o mal.

E já sei que escolho o bem  entre o mal e o bem.
Já sei que escolho fatalmente o bem.
como escolher o mal é escolher fatalmente mal.
O meu livre arbítrio
conduz-me fatalmente a uma escolha fatal.

António Gedeão

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