399
CANÇÃO DO LAGO SECANDO
Pela noite da minha trágica aventura,
Meu sofrimento é achado que afago,
Se acordado, sofrendo,
E se a dormir, sonhando
Que sou lago.
Adeus, ó canas, cá me vou secando!
À míngua de nascente eu parto evaporado
Sem me var partir!
Ainda se os que passam pudecem beber-me
Sem tornarem a passar
Pra maldizer-me...
Ainda se a menina reclinada à minha beira,
Que tanto e tanto me seduz ainda,
Viesse banhar-se
E depois se afogasse em mim, violada e linda...
Ainda se eu
Profundo e vasto e longo,
pudesse ter no mapa mancha azul e portos
E ser útil à navegação...
Finando-mr abriria a justa e verdadeira cova
À minha sede e à minha direcção.
Políbio Gomes dos Santos
CANÇÃO DO LAGO SECANDO
Pela noite da minha trágica aventura,
Meu sofrimento é achado que afago,
Se acordado, sofrendo,
E se a dormir, sonhando
Que sou lago.
Adeus, ó canas, cá me vou secando!
À míngua de nascente eu parto evaporado
Sem me var partir!
Ainda se os que passam pudecem beber-me
Sem tornarem a passar
Pra maldizer-me...
Ainda se a menina reclinada à minha beira,
Que tanto e tanto me seduz ainda,
Viesse banhar-se
E depois se afogasse em mim, violada e linda...
Ainda se eu
Profundo e vasto e longo,
pudesse ter no mapa mancha azul e portos
E ser útil à navegação...
Finando-mr abriria a justa e verdadeira cova
À minha sede e à minha direcção.
Políbio Gomes dos Santos
Sem comentários:
Enviar um comentário